THE TRAVELLERS S/A


Petra

 

Petra (do grego "petrus", pedra; árabe: البتراء, al-Bitrā)

Petra com seus monumentos esculpidos diretamente na rocha de um grande cânion no deserto mantêm algumas partes milagrosamente conservadas enquanto outras foram erodidas e esculpidas pelas intempéries e inundações. A cidade era um próspero centro comercial cujos habitantes escavavam casas, templos e túmulos, com fachadas esmeradamente elaboradas e até colunatas nas paredes naturais dos cânions. Seus 5,2km² são tão notáveis pelo número e variedade dos monumentos talhados na pedra quanto pelas milhares de tonalidade de rocha e pelos jogos de luz criados pelo sol do deserto em sua passagem pelo céu.

A visão é espetacular: entre penhascos e desfiladeiros, espalham-se construções grandiosas de uma cidade que, no seu apogeu, chegou a ter 30 mil habitantes. Muitos dos resquícios históricos de Petra ainda estão, até hoje, soterrados pelas areias do deserto. Mas o que já veio à tona é fascinante o suficiente e não é à toa que o diretor Steven Spielberg tenha rodado o filme Indiana Jones e a Última Cruzada por lá. Hoje a capital é Amã, 300km ao norte, mas Petra continua sendo o grande tesouro desse país pobre, que mais parece uma pequena peça em um gigante e complicado quebra-cabeças.

A bíblica Sela, antiga capital dos Nebateus (século IV a. C.)é uma das mais belas do oriente e foi utilizada como refúgio dos árabes Nebateus, nômades beduínos procedentes do norte da Arábia, é uma cidade fortificada há mais de 2.000 anos. É impressionante atravessar mais de um quilômetro por um canal similar aos canhões de erosão que a água produz e o resultado é uma enorme racha na arenosa montanha que ostenta uma profundidade de mais de 40 metros esculpida no interior de um maciço rochoso, este é o acesso à cidade rosada, um estreito desfiladeiro de 1,6km de extensão e altura de 100m (altura de um edifício de 4 andares), conhecido como "o Siq".

Na fenda - Siq -  há uma viela pavimentada pelos nabateus. Do lado esquerdo, outro sinal de Petra: um pequeno aqueduto, também esculpido na pedra - os nabateus eram exímios no desenvolvimento de sistemas hidráulicos. Ao longo do caminho do Siq começam a aparecer as primeiras "casas" de Petra. Na verdade, são apenas buracos cavados na pedra. Nenhum deles tem a riqueza arquitetônica do que vem a seguir. Após a caminhada, que parece interminável, começa a se abrir literalmente a imagem, no fim da fenda, o Tesouro, brilhante, como se tivesse recebido uma camada de verniz.

À medida que nos aproximamos do final da referida racha já se vai vislumbrando através da ranhura a colossal fachada da ruína de Khazneh, ou Tesouro. Um dos restos mais suntuosos da antiguidade talhados na rocha da montanha, cujas dimensões são: 43m de altura por 28m de largura e a escavação interior é um cubo de 20m.O Tesouro é o templo mais importante de Petra, além do monastério Jabal al Deir e do lugar dos sacrifícios. Outro lugar obrigatório é o Grande Templo, para chegar nestes pontos que há a escadaria ou aluguel do burro.  

Khaznah, o Tesouro – é uma das mais bem preservadas maravilhas de Petra, é um imenso templo de estilo clássico grego talhado na face de um penhasco de 40m de altura, datado de 56 a.C.

 

A segunda principal atração de Petra fica à distância de uma escalada de 800 degraus a partir da praça central, por uma trilha de terra e pedra: é o Monastério. O esforço vale a pena, mas para os mais comodistas, os beduínos oferecem carona em seus "táxis", burricos que, de tanto subir e descer, sabem o caminho de cor e salteado.

O ideal é dormir pelo menos uma noite em Petra. Os turistas precisam se hospedar nos hotéis na vila de Wadi Musa ou vale de Moisés. Trata-se de uma pequena localidade jordaniana na qual a maioria dos habitantes vive em função do turismo.

 


 

Aliás, pelas ruas de Petra caminham apenas turistas e alguns beduínos que têm autorização para comercializar dentro da cidade. É comum observer beduínos caminhando em pontos isolados, que não dá para entender como chegaram e às vezes surgem do nada para oferecer coisas.

Parece que em alguns pontos a cidade foi coberta por lava vulcânica, algumas tribos árabes diziam no passado que Petra não teria sido esculpida. Na verdade, segundo eles, os nabateus foram punidos por Deus que fez a cidade ficar toda coberta pelas pedras.

Com seu nome charmoso, Petra é um dos resquícios mais bem conservados da rota das especiarias, que vinham do extremo oriente, atravessando a Pérsia (hoje Irã) e a região da Arábia (hoje Arábia Saudita) e chegando ao Egito, passando ainda muitas vezes por Damasco, na Síria.

Além de ser um importante enclave arqueológico na Jordânia, situado na bacia entre as montanhas que formam o flanco leste de Wadi Araba, o grande vale que vai do Mar Morto ao Golfo de Aqaba. Em 6 de dezembro de 1985 foi considerado Patrimônio Mundial da UNESCO e em 7 de Julho de 2007 foi considerada, numa cerimónia realizada em Lisboa, Portugal, uma das Novas sete maravilhas do mundo.